quarta-feira, setembro 20, 2006

À espera de uma cerveja

Não é unanimidade, mas grande parte das pessoas quando perde o contato com alguém passa a dar mais valor a quem se foi. Não sei se é típico do ser humano, mas pelo menos do brasileiro, isto é. Não só com relação à pessoas. A comida que você come fora é melhor que a da sua casa, a cidade onde você vive é o pior lugar para morar, a casa de outro é mais organizada que a sua. Só o seu time é melhor que o adversário, mas isto é outra história. Voltando, o fato é que a gente muitas vezes dá conta da importância de alguém para nossa vida quando isso não pode ser dito pessoalmente. E isto tem seus lados negativos e positivos. Quando você pára pra pensar, e chega a conclusão que uma amizade ou uma namorada não são os demônios que você imaginava antes, você tem duas opções. Uma é ter a chance de dizer isso, o que é uma vitória, haja vista que são poucos os que conseguem e têm coragem de tal ato. A outra é se amargurar com o arrependimento pela falta de oportunidade ou ser tomado pela arrogância de achar que os demônios ainda estão no inferno, que fiquem por lá mesmo.
Tudo isso pra dizer sobre amigos que hoje não estão mais próxmios. E que vejo como positivo o fato de não poder encontrá-los mais pessoalmente, como em outros tempos. Porque hoje eu sei que quando retornarem, seja de Orlando, Estocolmo, Madrid, Palma de Mallorca ou Quixeramobim, uma cerveja bem gelada (servida pelo meu pai ou não) e uma costela na tábua estará nos esperando.
Ficou um pouco confuso este texto, confesso. Essa era a idéia. Gerar a dúvida e a certeza. Como dizem os boleiros "so quem é, sabe como é".

Um comentário:

Anônimo disse...

Belas palavras...pelo menos a parte que eu entendi hehehe. Mas concordo, tambem acho qeu não devemos perder a oportunidade de dizer o que sentimos...